A fome é a carência de alimentos no organismo por períodos prologados, causando sensações de desconforto e dor. Essa sensação é devido à falta de energia que o organismo precisa para continuar com suas actividades vitais. Quando há um período muito prolongado sem alimentos, essa sensação pode se agravar causando mal-estar, dor no estômago, fraqueza e chegar a um óbito. 
Causas da Fome
As causas da fome estão relacionadas com alguns factores tais como:
·Pobreza
·Questões naturais tais como: Clima, Terremotos, Seca, pestes.
·Reforma Agrária Precária       
· Má administração dos recursos naturais     
·Conflitos políticos e civis   
·Politicas económicas mal planeadas   
·Superpopulação  
·Guerras   
·Invasões  
 ·Desigualdade Social  
 · Epidemias
Consequências da Fome
As principais consequências da fome são:

      ·A desnutrição, devido á falta de nutrientes, proteínas e calorias
 
      · Raquitismo, devido à carência de vitamina D    

      ·Anemia, provocada pela ausência de ferro  

      ·Vários distúrbios e doenças causadas pela falta de Vitaminas A e do Complexo B 

Todas essas carências sentidas pelo organismo afectam o corpo humano, integralmente, contribuindo para diminuir o sistema imunológico responsável pelo combate de várias doenças no organismo, deixando assim o indivíduo exposto a contrair diversas patologias , bacterias, causadas por vermes. A pior de todas as consequências é quando todos estes estágios chegam a um limite, levando o indivíduo à morte.    
A Fome no Mundo
O número de pessoas que passam fome em todo mundo em 2009, passaram de 1 bilhão. Este aumento este relacionado com a Crise Económica Mundial, que é a principal responsável pelo agravamento deste quadro. Isso ocorreu devido ao fato de milhares de pessoas em todo o mundo ficarem desempregadas, sendo que muitas tiveram os seus salários reduzidos, contribuindo assim para situações precárias e agravamento da fome. Factores como subida de preços dos alimentos básicos, desaceleração da economia mundial dispondo de poucos recursos para ajuda humanitária, vieram em consequência da crise, piorando a fome no mundo. Com base nestes dados é necessário que haja uma atitude por parte dos governos de todos os países afectados pela fome, para criarem metas e soluções minimizando a fome, que ainda está presente em pleno século XXI. 
Como Acabar com a Fome no Mundo
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) existiam 925 milhões de pessoas com fome ou em situação de insegurança alimentar no mundo, em 2010, o que correspondia a 13% da população mundial. A escassez de alimentos e a desnutrição acontece no meio da abundância de bens e serviços na economia internacional. A humanidade já possui todas as armas para vencer a fome e já existem diversas soluções pensadas, mas falta colocar em prática. 
Alternativas para acabar com a fome no mundo
·Eliminação ou, pelo menos, a redução dos gastos militares no mundo que estão na ordem de US$ 1,6 de dólares ao ano. Este dinheiro seria suficiente não só para acabar com a fome como para reconstruir áreas cultiváveis degradadas. Existem alguns milhões de homens e milhares de mulheres que passam a vida activa na caserna fazendo trabalhos inúteis ou preparando guerras e acções militares que provocam mortes e danificam o meio ambiente. Se os recursos financeiros e humanos usados em gastos militares forem redireccionados para actividades produtivas a fome poderia ser eliminada, a educação e a saúde poderiam avançar, etc. Além de tudo, o movimento pacifista mundial agradeceria.

·Utilizar apenas fontes vegetais de nutrientes na alimentação. Os vegetais são seres vivos que produzem a sua própria alimentação (por meio da fotossíntese) e não possuem as capacidades de saciência dos animais. Os vegetais são capazes de fornecer tudo o que o organismo humano precisa para se nutrir: proteínas, carboidratos, lipídios, vitamina e sais minerais. Portanto, deixar de comer peixes, carnes e derivados não só salvaria a vida de bilhões de seres sencientes que sofrem – na vida e na morte quando vão para os batedouros – como abriria a possibilidade de transformar as áreas de pastagens, de confinamento de animais e de produção de ração para o gado em áreas de plantação de alimentos saudáveis, orgânicos e nutritivos. Seria uma também alternativa para a evitar a degradação ambiental dos solos e da água e para a redução do aquecimento global (o metano é um dos principais gases de efeito estufa). Além disto seria uma alternativa adequada à filosofia do vegetarianismo , além de viabilizar o fim da “escravidão animal”.

·Eliminar o consumo e a produção de drogas e de bebidas alcoólicas, os jogos de azar, os casinos e os jogos que utilizam animais como touradas, rodeios, corridas de cavalos, cachorros e camelos, brigas de galos, etc. Estas actividades são prejudiciais para a saúde dos humanos e dos não-humanos e envolvem uma indústria – legal ou ilegal – de triliões de dólares. O fim destas actividades seria suficiente para acabar com a fome e a pobreza extrema no mundo, evitaria muitas mortes por overdose, cirrose e acidentes de trânsito, além de liberar recursos para investimentos na educação, saúde, ciência e tecnologia, recuperação de florestas e ambientes degradados. 

·Proibir a produção de alimentos visando o lucro e eliminar os atravessadores na comercialização da comida e os especuladores que fazem fortunas nos mercados futuros de alimentos. Numa perspectiva socialista ou comunitária, poderia se transformar todas as empresas capitalistas de alimentos em cooperativas sem fins lucrativos, controladas pelos trabalhadores, produtores rurais e pela comunidade e consumidores. Os alimentos seriam produzidos para a vida e não para o lucro.


·Eliminar ou reduzir ao máximo o desperdício na produção, transporte, armazenamento, comercialização e consumo de alimentos. Somente esta alternativa já seria suficiente para acabar com a fome no mundo. Mas, evidentemente, não é fácil acabar com os desperdícios, pois os alimentos são, em geral, bens perecíveis e de difícil conservação. Evitar a perda na colheita significa investir muito para recuperar as sobras da produção, assim como seria preciso grandes investimentos para evitar perdas em toda a cadeia produtiva. Ajudaria muito promover uma educação para ensinar as pessoas a não deixarem comida no prato, não deixar passar o prazo de validade dos produtos, evitar as perdas nos restaurantes, etc. Para complicar, os desperdícios tendem a aumentar quando o preço dos alimentos caem ou quando a renda das pessoas sobe. Mas o fim do desperdício também seria o fim da fome no mundo.

·Distribuição mais justa dos alimentos. Dos 7 bilhões de habitantes do mundo, pouco menos de 1 bilhão passam fome, cerca de 3 bilhões se alimentam de maneira razoável e os outros 3 bilhões consomem alimentos acima do necessário. Se estes 3 bilhões (que representam os ricos e as classes médias) reduzirem em 20% suas dietas alimentares, liberariam comida suficiente para alimentar a parcela dos 13% da população mundial que passa fome. Isto também contribuiria para diminuir a obesidade no mundo.

·Implementar a meta 1B dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM) que convoca os países a: “Alcançar o pleno emprego produtivo e o trabalho decente para todos, incluindo mulheres e jovens”. Se todas as pessoas do mundo tiverem emprego decente e renda então também terão dinheiro para colocar comida na mesa.

Para acabar com a fome do mundo seria preciso a efectivação de pelo menos uma das oito alternativas ou a aplicação combinada de partes delas, vale dizer: reduzir gastos militares, incentivar uma dieta vegetariana, reduzir o consumo de drogas, bebidas alcoólicas e do dinheiro gasto em jogos, combater os atravessadores e especuladores de alimentos, reduzir os desperdícios, reduzir o crescimento populacional não desejado, repartir melhor o pão entre os cidadãos e cidadãs do mundo e criar políticas de pleno emprego com trabalho decente. Evidentemente, na teoria é fácil acabar com a fome. O difícil é mexer com os inúmeros interesses pessoais, locais, grupais, regionais e nacionais envolvidos. Cada pessoa pode e deve fazer sua parte. Mas sem políticas macroeconómicas e institucionais, envolvendo todos os países do mundo, o problema da fome e da degradação ambiental não será resolvido.